sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

FAVAS Á ALGARVIA

Ingredientes:Para 4 pessoas

  • 800 grs de favas (descascadas) ;
  • 150 grs de chouriço preto (morcela) ;
  • 150 grs de chouriço vermelho ;
  • 2 dentes de alho ;
  • 1 quarto de dl de azeite ;
  • 150 grs de bacon ou toucinho entremeado fresco ;
  • 1 molho de coentros, rama de alho e de cebolam

Confecção:

Descasque as favas. Lave em água fria e escorra num passador.
Leve um tacho ao lume. Adicione um pouco de água, junte as favas e coza cerca de 8 minutos.
Escorra as favas e retire-as do tacho. Descasque os dentes de alho e pique fino.
Corte o chouriço preto e o vermelho ás rodas e o bacon em fatias pequenas.
Leve novamente o tacho ao lume, depois de lavado e limpo. Deite o azeite e deixe aquecer. Junte o alho e deixe alourar, sem queimar. Em seguida, junte as favas e um pouco de água. Tape e deixe cozinhar.
À parte, numa frigideira frite as carnes. Junte ás favas que estão a cozinhar e mexa envolvendo as carnes com favas. Deixe apurar.
Polvilhe com coentros, ramas de alho e de cebola picadas.

Conselho: No caso de não ter favas frescas, use congeladas. Utilize chouriços do tipo caseiro. Se utilizar chouriços do tipo industrial, deverá ter o cuidado de retirar a pele.

ALGARVE

ALGARVE

Região de sol e de praia por excelência, a faixa costeira do Algarve foi à última a ser conquistada aos mouros pelo Rei de Portugal em 1292. Vestígios da presença moura são ainda marcantes na sua arquitectura, consubstanciada nos terraços, chaminés e nas imaculadas casas brancas.
A figura de António Aleixo, nascido em Loulé, abrilhanta a cultura desta cidade que é palco da grande festa do Carnaval. Faro é a capital de distrito desta região, que contém diversos monumentos como sejam o Convento de Nossa Senhora da Assunção, Igreja de S. Francisco, Museu Infante D. Henrique, Museu Etnográfico Regional, Museu marítimo Ramalho Ortigão e Museu Antoniano. Sagres, cidade onde se deu início à saga dos descobrimentos portugueses, deu origem à fundação, pelas mãos de D. Henrique, da Escola de Navegadores. Poderá ainda vislumbrar a Erminda de Nossa Senhora da Graça, a Fortaleza (séc. XIV) e a Rosa-dos-Ventos (séc. XV). Envolta pelas suas muralhas, imortal terra de Júlio Dantas, Lagos oferece outros pontos de interesse como as Igrejas de S. Sebastião, Santa Maria, Erminda de S. João, Museu Regional, Palácio dos Governadores e o antigo Mercado de Escravos. Em Portimão poderá encontrar a famosa Praia da Rocha, com a Fortaleza de Santa Catarina de Ribamar, assim como as tão famosas praias de Lagos, Lagoa, Albufeira, Vilamoura, Quarteira, Monte Gordo, Olhão, Tavira, Vila Real de Santo António, entre outras, que proporcionaram, para além do natural disfrute da água, da areia e do sol, diversas actividades náuticas e desportivas. Em terra, pode dispor de actividades e distracções como golfe, tênis, passeios a cavalo e pedestres, bem como uma intensa vida nocturna. Destacam-se as festas do Carnaval e a Romaria de Nossa Senhora da Piedade (Loulé, Maio), Festas e Feira da Nossa Senhora do Carmo (Faro, Julho) e o Festival de folclore do Algarve, realizado em diversas localidades algarvias, em Setembro. Como especialidades gastronômicas destacam-se as sopas de peixe, o marisco, as cataplanas, os bifes de atum de cebolada, o xerém e doces como os de figo, amêndoa e ovos.













GASTRONOMIA ALGARVIA- FARO

Faro
Região Algarve

O único distrito do continente que corresponde a uma região, neste caso o Algarve. O mar é aqui omnipresente, mas o Algarve não é só mar, longe disso. O interior algarvio, medianamente montanhoso, proporciona paisagens magníficas e uma gastronomia diferente, com carne de grande qualidade e legumes fartos. E há uma região lindíssima, área protegida, mas pouco divulgada, que vai de Vila Real de Santo António até Alcoutim, passando por Castro Marim, com o rio Guadiana a dominar uma paisagem muito bonita, com o monte por companhia. E onde quase não se come peixe.
Neste distrito as sopas são muito boas, de peixe, de marisco, canja de conquilhas e canja de lingueirão, sopa de legumes, de beldroegas e de espinafres. E os petiscos populares: tarte de alfarroba, ovas de polvo, ovas de choco fritas, muxama de atum, estopeta de atum, ovas de atum, alcabrozes, carapaus e biqueirões alimados. Dos mariscos o destaque para as ostras, as percebas, as conquilhas, os burriés, as amêijoas pretas, os carabineiros, as gambas, as lagostas e os lavagantes. E o peixe fresco para grelhar: sardinha, carapau, sargo, robalo, linguado, garoupa, dourada, peixe espada, entre outros. Os alimados ou peixes em vinagre são muito apreciados, como o biqueirão alimado, o carapau alimado, as eirozes em vinagre e as enguias de escabeche. O xerém é uma especialidade. As cataplanas de peixe são famosas e em geral muito bem confeccionadas.
No interior algarvio a carne manda mais alto: a cabidela de galinha, aqui com batata, o galo do campo estufado, os pézinhos de porco, o entrecosto e o pernil no forno. O borrego estufado com batata e os ensopados, de borrego, de javali e de lebre com feijão são deliciosos.
A doçaria algarvia é muito característica e muito doce: D. Rodrigo, encharcada, mel com nozes, tarte de amêndoa, morgado, bolo de figo, tarte de alfarroba, tarte de uvas e muitos outros. Na fruta de mesa as laranjas do Algarve, as uvas e as romãs.
Produzem-se alguns vinhos de qualidade, o mais conhecido dos quais é o da Adega Cooperativa de Lagoa, aparecendo também os de Lagos e Tavira em bom nível. As aguardentes são uma instituição: de medronho, de amêndoa e de figo.

Açorda de Marisco à Algarvia

Açorda de Marisco à Algarvia

Ingredientes:

  • 400 grs de miolode marisco (mexilhão, amêijoas, berbigão e conquilhas) ;
  • 50 grs de cebolas ;
  • 1 dl de azeite ;
  • 2 dentes de alho ;
  • 240 grs de pão caseiro
  • 1 ramo de coentros
  • 4 ovos ;
  • sal q.b. ;

Confecção:

Lave bem os mariscos em água fria.De seguida, separe cada um no seu recipiente e cubra com água do mar.
Coza os mariscos num tacho com água, juntando a cebola picada fina e uns pés de coentros.
Escorra o caldo onde cozeu os mariscos, por um passador fino.
Retire o miolo dos mariscos, e lave-os bem.
Num tacho à parte, refogue os dentes de alho e a cebola, picados finos, com azeite.
Quando estiver quase alourado, acrescente o caldo onde cozeu os mariscos e deixe levantar fervura.
Corte o pão em fatias e junte ao caldo, mexendo com uma colher de pau até obter uma massa grossa.
Adicione os miolos dos mariscos e junte coentros picados.
Parta os ovos e ponha-os a cozer junto à açorda.

Labirinto do Atum - DOC (Trailer)

Tavira - portas de reixa

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Folclore algarvio/

Folclore algarvio/
Folclore algarvio
Ao som do acordeão e do tilintar dos ferrinhos, as gentes bailam, animando as ruas e despertando a curiosidade de quem passa.
De férias ou de passagem, não perca a oportunidade de se enamorar do folclore da região. Em alturas festivas, homens de chapéu de feltro preto e olhar vivo e mulheres vestidas com trajes coloridos, desfilam pela rua cantando e dançando. Entre na alma do povo e delicie-se com o "corridinho", o "baile de roda" e o "baile mandado", em que os dançarinos executam os movimentos que lhes dita o "mandador". Num rodopio de cor, observe os pares que giram até não se ver mais senão as coroas das saias a levantar voo. O ritmo e velocidade das danças contrastam com outros cantares, bastante mais lentos, com letras quase recitadas.É o caso das cantigas de trabalho dos pescadores e das canções de embalar. Nos primeiros dias do ano, ouça grupos populares que se vão formando ao longo da rua para cantar as "Janeiras", de porta em porta. Nas danças e cantares descubra duas facetas do algarvio, que sabe explodir de alegria mas que também revela no canto a melancolia com que contempla o seu horizonte de mar sem fim.





 


 

UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE O ALGARVE

Época Pré-Romana
Na época pré-romana era habitado pelos cónios ou cinetes[5], um povo (formado por várias tribos) de filiação linguística e étnica possivelmente celta ou ibera, cujo território incluía toda a atual região e ainda o sul do atual distrito de Beja. Esse antigo território dos cónios ia da foz do Rio Mira à foz do Rio Guadiana, pelo litoral, e da foz do rio Mira passando pela área das nascentes do Rio Sado e pelas ribeiras de Terges e de Cobres até à confluência desta última com o Guadiana e descendo pela margem direita ou oeste desse rio novamente até à sua foz, pelo interior, abrangendo assim toda a área da Serra do Caldeirão (também denominada Serra de Mú) e seu planalto. É possível que fossem relacionados com os tartessos[5] (povo cuja filiação linguística e étnica também ainda não está plenamente conhecida ou determinada), mas não eram o mesmo povo, tal como diversos autores da Antiguidade Clássica, por exemplo, Estrabão e Plínio, o Velho, afirmavam. Devido ao nome do povo nativo, conii ou cynetes (cónios ou cinetes em latim), o Algarve, na época romana, era denominado Cyneticum (Cinético)[5]. O território deste povo situava-se muito próximo de uma antiga civilização nativa da Península Ibérica, a de Tartessos[5] (que se desenvolveu no oeste da atual Andaluzia), na bacia do rio Guadalquivir (antigo Bétis). Devido a isso, os cónios foram muito influenciados por esta antiga cultura ou fizeram mesmo parte dessa civilização. Também foram influenciados pelas civilizações mediterrânicas (grega, romana, cartaginesa) ainda antes da época romana e eram um dos povos culturalmente mais avançados do atual território de Portugal e mesmo da Península Ibérica de então, pois já tinham conhecimento da linguagem escrita, tendo mesmo criado e desenvolvido uma escrita própria, a escrita do sudoeste, que também pode ser designada escrita cónia. Durante séculos, o atual Algarve (então denominado Cyneticum) foi ponto de passagem para vários povos, incluindo os Tartessos, Fenícios, Gregos e Cartagineses.
Época Romana

Banhos Romanos na Praia da Luz, Lagos.
Antes da integração definitiva dos cónios no Império Romano, durante o período que vai de cerca de 200 a.C a 141 a.C. estes estavam sob forte influência romana mas gozavam de elevado grau de autonomia. Devido, em parte, ao relacionamento favorável com os romanos, os cónios haviam tido alguns conflitos com os lusitanos que, sob a liderança de Cauceno (Kaukenos), o chefe lusitano anterior a Viriato, tinham conquistado durante algum tempo o seu território, incluindo a capital, Conistorgis (de localização ainda desconhecida, num monte a norte de Ossonoba, atual Faro, ou talvez Castro Marim?) no ano 153 a.C.[5] Em parte devido a esse conflito com os lusitanos e em parte devido à influência cultural das civilizações mediterrânicas, ao contrário de muitos dos povos pré-romanos de Portugal, foram aliados dos romanos durante algum tempo e não seus adversários, diferindo da atitude de outros povos tais como os lusitanos, os célticos e os galaicos, que foram fortes opositores à conquista romana[5]. Apesar disso, um pouco mais tarde, no contexto das guerras lusitânicas, no ano 141 a.C., os cónios revoltaram-se contra os romanos, juntamente com os túrdulos da Betúria (também denominados betures), mas foram derrotados por Fábio Máximo Serviliano, procônsul romano, e integrados definitivamente no Império Romano. Nos séculos que se seguiram, a população nativa (cónios) foi fortemente romanizada, adotando o latim como língua, e integrada em termos culturais, políticos e económicos na civilização romana e no seu império. O Algarve, então denominado Cyneticum (Cinético), fez parte do Império Romano, integrado primeiro na província da Hispânia Ulterior e, mais tarde, na província da Lusitânia, durante mais de 600 anos, desde cerca de 200 a.C. até ao ano 410 d.C., ostentando cidades relevantes tais como Baesuris (atual Castro Marim), Balsa (próxima de Tavira), Ossonoba (atual Faro), Cilpes (atual Silves), Lacobriga (atual Lagos) e Myrtilis (atual Mértola) ) pois, nessa época, também pertencia ao Cyneticum[5]. Durante a época romana, teve um desenvolvimento cultural e económico significativo (agricultura, pesca e manufatura), beneficiando muito do facto de ser uma importante região de produção agrícola. Nessa época, a região exportava principalmente azeite e garum (um condimento feito a partir de peixe), ambos os produtos eram muito apreciados no Império Romano. A sua localização geográfica também era importante em termos de apoio às rotas de navegação marítima entre os portos romanos do Mar Mediterrâneo e os do Oceano Atlântico, na Hispânia, Gália e Britânia. Os rios Guadiana (Anas) e Arade (Aradus) serviam de rotas de navegação fluvial de contato com o interior e continuariam a sê-lo durante muitos séculos. Também, em termos de localização geográfica, foi importante o facto da região estar logo a oeste da Bética (que corresponde, em grande parte, ao território da atual Andaluzia), uma das províncias cultural e economicamente mais desenvolvidas da Hispânia e do Império Romano (região de origem de importantes figuras tais como o erudito e filósofo Séneca, o agrónomo Columela e dos imperadores Trajano e Adriano). Todos estes factores contribuiram para a prosperidade do Algarve durante muitos séculos. Em termos culturais, a época romana também assistiu à difusão do cristianismo na Hispânia, incluindo a Lusitânia e atual Algarve a partir de meados do século I d.C., mas seria a partir do século IV d.C., com a publicação do Édito de Milão, no ano 313 d.C. pelo imperador Constantino (que concedia liberdade de culto aos cristãos), que o cristianismo se difundiria mais e ganharia importância significativa na região com a conversão de muita da população nativa, embora as religiões animistas ou pagãs tenham permanecido durante mais alguns séculos.
Época Bárbara
Apesar de ter sido conquistado pelos chamados povos bárbaros (vândalos, alanos, suevos e depois visigodos) na época ou período das migrações ou invasões bárbaras, a cultura romana e o cristianismo permaneceram. No ano de 552, o atual Algarve foi reconquistado pelo Império Romano do Oriente ou Império Bizantino (então governado pelo imperador Justiniano I), aos visigodos, governo esse que durou até 571, quando o rei Leovigildo o conquistou novamente para o reino visigodo.
Época Árabe

Cidade histórica de Silves (foi a capital do Algarve durante o domínio Árabe).
Durante mais de cinco séculos (c. 715-1249) esteve sob o domínio dos povos islâmicos, árabes, berberes e populações nativas convertidas ao islamismo, embora o cristianismo também tenha permanecido entre a população do Algarve nessa época (moçárabes - cristãos que viviam sob governo muçulmano). Durante a época de governo islâmico, o Algarve atingiu um elevado esplendor cultural e económico, em continuidade com as características que já vinham desde a época romana, sendo a cidade de Silves a mais importante durante essa época (foi mesmo capital de um reino taifa muçulmano após a fragmentação do Califado de Córdova)[5].
As regiões espanholas e portuguesas outrora conhecidas por al-gharb al-Andalus (em árabe: الغرب الأندلس) eram o mais importante centro muçulmano da época da "Hispânia Islâmica", sendo assim o centro islâmico da cultura, ciência e tecnologia. Nessa altura, a principal cidade da região era Silves, que, quando foi conquistada pelo rei D. Sancho I, dizia-se ser cerca de 10 vezes maior e mais fortificada que Lisboa. O Algarve foi a última porção de território de Portugal a ser definitivamente conquistado aos mouros, no reinado de D. Afonso III, no ano de 1249.
Época Portuguesa
Segundo alguns documentos históricos, a conquista definitiva do Algarve aos mouros neste reinado, nomeadamente a tomada da cidade de Faro, foi feita de forma relativamente pacífica. No entanto, apenas em 1267 - no tratado de Badajoz - foi reconhecida a posse do Algarve como sendo território português, devido a pretensões do Reino de Castela. Curiosamente, o nome oficial do reino resultante seria frequentemente designado de Reino de Portugal e do Algarve, mas nunca foram constituídos dois reinos separados.

Fortaleza de Lagos, construída no século XVII.
Terminada a conquista da região durante o reinado de D. Afonso III, o antigo Al-Gharb mourisco foi incluído no reino cristão de Portugal, entrando numa certa decadência que seria interrompida já no século XV pela odisseia da exploração da costa africana e da conquista das praças marroquinas, sob o comando do Infante D. Henrique. O território do Algarve, devido às condições favoráveis à navegação, foi uma das primeiras bases da expansão marítima portuguesa nos séculos XV e XVI, do qual partiram algumas expedições, sendo o porto de Lagos um dos mais importantes dessa época[5]. Com o fim da presença portuguesa nas praças africanas, a região entrou novamente numa certa decadência, acentuada pela destruição imposta pelo terremoto de 1 de Novembro de 1755. O primeiro-ministro do rei D. José I, o Marquês de Pombal tentou efectuar uma divisão, nunca reconhecida pelo Papado Romano, da diocese de Faro em dois bispados: Faro e Vila Nova de Portimão. O limite entre eles era a ribeira de Quarteira e o seu prolongamento em linha recta até ao Alentejo. Posteriormente, o Algarve iniciou o século XX como uma região rural, periférica, com uma economia baseada na cultura de frutos secos, na pesca e na indústria conserveira. Contudo, a partir da década de 1960, dá-se a explosão da indústria do turismo, mudando assim por completo a sua estrutura social e económica.
Desde os alvores do reino, constituiu uma região bem delimitada e individualizada, não só em termos geográficos mas também do ponto de vista identitário, com características históricas, climáticas, etnográficas, arquitétónicas, gastronómicas e económicas muito próprias.
Actualmente, o turismo constitui o motor económico do Algarve. A antiga província tradicional possui algumas das melhores praias do Sul da Europa, e condições excepcionais para a prática de actividades e desportos ao ar livre.
O Algarve é a terceira região mais rica do país, com um PIB per capita de 87% (média Europeia). Ocupa uma área de 5,412 km² e nela residem 434 023 habitantes (2009)[6].

Etimologia

O termo "Algarve" provém de "al-Gharb al-Ândalus" nome dado ao actual Algarve e baixo Alentejo durante o domínio muçulmano, significando "Andaluz Ocidental", pois era a parte ocidental da Andaluzia muçulmana. Na época romana era denominado Cyneticum (Cinético) devido ao nome do povo nativo, cynetes ou conii (cinetes ou cónios em latim)[5].

Geografia

O Algarve confina a norte com a região do Alentejo (sub-regiões do Alentejo Litoral e Baixo Alentejo), a sul e oeste com o Oceano Atlântico, e a leste o Rio Guadiana marca a fronteira com Espanha. O ponto mais alto situa-se na serra de Monchique, com uma altitude máxima de 902m (Pico da Foia).

Mapa colorido com a divisão, por concelhos, do Barlavento e do Sotavento.
Além de Faro, têm também categoria de cidade os aglomerados populacionais de Albufeira, Lagoa, Lagos, Loulé, Olhão, Portimão, Quarteira, Silves, Tavira e Vila Real de Santo António. Destas, todas são sede de concelho à excepção de Quarteira. A zona ocidental do Algarve é designada por Barlavento e a oriental por Sotavento. A designação deve-se com certeza ao vento predominante na costa sul do Algarve, sendo a origem histórica desta divisão incerta e bastante remota. Na Antiguidade os Romanos consideravam no sudoeste da península Ibérica a região do Cabo Cúneo - que ia desde Mértola por Vila Real de Santo António até à enseada de Armação de Pêra - e a região do Promontório Sacro - que abrangia o restante do Algarve. Internamente, a região é subdividida em duas zonas, uma a Ocidente (o Barlavento) e outra a Leste (o Sotavento). Com esta divisão podemos registar um claro efeito de espelho entre as duas zonas. Cada uma destas zonas tem 8 municípios e uma cidade dita principal: Faro está para o Sotavento como Portimão está para o Barlavento. De igual modo possui cada uma delas uma serra importante (a Foia, no Barlavento, e o Caldeirão, no Sotavento). Rios com semelhante importância (o Arade no Barlavento e o Guadiana no Sotavento).
Um hospital principal em cada uma das zonas garante os cuidados de saúde em todo o Algarve. Em termos de infraestrutudas, o Aeroporto Internacional está numa zona e o Autódromo Internacional noutra. Finalmente, a nível desportivo, os históricos do futebol algarvio Sporting Clube Olhanense(representante do Sotavento) e o Portimonense Sporting Clube(representante do Barlavento) encontram-se na primeira liga do futebol português. A equipa Olhanense ascendeu à 1ª liga em 2009, enquanto que por sua vez a equipa de Portimão ascendeu um ano depois, em 2010.

Municípios

Da região fazem parte 16 municípios, a saber:

Locais com relevância

Serra de Monchique

A Serra de Monchique localiza-se na zona oeste do Algarve, onde se situa o ponto mais alto da região - a Foia - que está a 902 m de altitude. Este é também um dos pontos mais proeminentes de Portugal. O cume-pai chama-se Picota e está a 774 m acima do nível do mar.
Devido ao facto de estar próxima do mar, possui um clima sub-tropical húmido, com precipitações médias anuais entres os 1000 e os 2000 mm, que associadas a temperaturas amenas permite a existência de uma vegetação rica e variada, onde se inclui o raríssimo carvalho-de-monchique e a bela adelfeira, bem como espécies raras no sul, tais como o castanheiro, o carvalho-cerquinho ou o carvalho-roble.
Esta serra possui um importante complexo termal denominado de Caldas de Monchique, rodeado por um parque de vegetação variada onde existe a maior magnólia da Europa. É ainda de salientar a fertilidade dos seus solos, devido não só à humidade, mas também ao facto da sua rocha, a foíte, ser de origem magmática.
Vários ribeiros e ribeiras têm origem na Serra de Monchique, entre as quais a Ribeira de Seixe, a Ribeira de Aljezur (ou da Cerca), a Ribeira de Odiáxere, a Ribeira de Monchique e a Ribeira de Boina. É um local riquíssimo em ecossistemas naturais, que motiva a presença de turistas no interior, provando que nem só de praias é feito o Algarve.

Serra do Caldeirão

A Serra do Caldeirão faz a fronteira entre o litoral e barrocal algarvios e as planícies do Baixo Alentejo. Faz parte do maciço antigo, sendo constituída por xisto-grauvaque, rocha que origina solos finos e pouco fertéis. O seu ponto mais alto localiza-se no Baixo Alentejo, próximo da fronteira com o Algarve, onde atinge os 580 m de altitude; nos concelhos de Tavira e de Loulé possui diversos pontos em que ultrapassa os 500 m.
A serra do Caldeirão, apesar da sua modesta altitude, forma uma paisagem muito peculiar, onde elevações arrendondas, os cerros, são cortadas por uma densa rede hidrográfica que na sua maior parte é constituída por cursos de água temporários, o relevo é por este motivo muito acidentado em diversos pontos. A influência climática da Serra do Caldeirão é muito grande.
Constitui uma barreira física à passagem dos ventos frios do quadrante Norte e às depressões de Noroeste, contribuindo para a existência de um clima mediterrânico no litoral algarvio, com fracas precipitações anuais e temperaturas suaves no Inverno.
Esta Serra constitui ainda uma barreira de condensação para os ventos húmidos do quadrante Sul. As precipitações médias anuais variam; nas zonas mais altas dos concelhos de Loulé são superiores aos 800 mm anuais, mas à medida que nos aproximamos da fronteira estas vão descendo, até serem inferiores a 500 mm anuais nas regiões do Nordeste algarvio. Registou-se a queda de neve no ano de 2006, por ocasião duma frente fria que atingiu a península Ibérica.

Rio Guadiana


A foz do rio Guadiana. Do lado esquerdo Vila Real de Santo António (Portugal) e do lado direito Ayamonte (Espanha)
O Rio Guadiana é a fronteira natural entre o Algarve e a Andaluzia e portanto Portugal de Espanha. O rio nasce a uma altitude de cerca de 1700m, nas lagoas de Ruidera, na província espanhola de Ciudad Real, tendo uma extensão total de 829 km.
A bacia hidrográfica tem uma área de 68.200 km², situada, em grande parte, em Espanha (cerca de 55.000 km²).
Este rio é navegável até à cidade Alentejana de Mértola, constituindo um atractivo turístico relevante.

Rio Arade

O Rio Arade é um rio de Portugal que nasce na Serra do Caldeirão e passa por Silves, Portimão e Lagoa indo desaguar no Oceano Atlântico, em Portimão, imediatamente a leste da Praia da Rocha.
No tempo dos descobrimentos portugueses era navegável até Silves, onde existia um importante porto. Hoje, devido ao enorme assoreamento, apenas pequenos barcos aí podem chegar.
Um dos factores que teve forte impacto no desenvolvimento da cidade de Silves (primeira capital do Algarve) no período de domínio árabe foi, sem dúvida, a sua proximidade ao rio Arade, então navegável até às suas muralhas.
Actualmente o Rio Arade é foco de muito interesse turístico partindo do porto de Portimão mini cruzeiros para Silves, um cruzeiro que faz o percurso até Vila Real de Santo António por toda a costa algarvia e ainda de um ferry que faz a ligação ao Funchal na Madeira.

Ria Formosa

A Ria Formosa é um sapal situado na província do Algarve em Portugal, que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, abrangendo uma área de cerca de 18.400 hectares ao longo de 60 quilómetros desde o rio Ancão até à praia da Manta Rota.
Trata-se de uma área protegida pelo estatuto de Parque Natural, atribuído pelo Decreto-lei 373/87 de 9 de Dezembro de 1987. Anteriormente, a Ria Formosa tinha estatuto de Reserva Natural, instituído em 1978.

Ria Formosa em Faro
A sul é protegida do Oceano Atlântico por um cordão dunar quase paralelo à orla continental, formado por duas penínsulas (a de Faro, que engloba a praia do Ancão e a praia de Faro; e a de Cacela, que engloba a praia da Manta Rota) e cinco ilhas barreira arenosas (Ilha da Barreta, Ilha da Culatra, Ilha da Armona, Ilha de Tavira e Ilha de Cabanas), que servem de protecção a uma vasta área de sapal, canais e ilhotes.
A norte, em toda a extensão, o fim da laguna não tem uma delimitação precisa, uma vez que é recortada por salinas, pequenas praias arenosas, por terra firme, agricultável e por linhas de água doce que nela desaguam (Ribeira de São Lourenço, Rio Seco, Ribeira de Marim, Ribeira de Mosqueiros e o Rio Gilão).
Tem a sua largura máxima junto à cidade de Faro (cerca de 6 km) e variações que nos seus extremos, a Oeste e a Este, atingem algumas centenas de metros.
A sua fisionomia é bastante diversificada devido aos canais formados sob a influência das correntes de maré, formando assim, uma rede hidrográfica densa.
É uma zona húmida de importância internacional como habitat de aves aquáticas. A zona é objecto de monitorização permanente, sendo ainda local de estudo para muitos alunos da Universidade do Algarve.

Clima


Praia Dona Ana em Lagos (Algarve).
Um dos principais traços distintivos da região algarvia constitui o seu clima. As condições climáticas que o senso-comum atribui geralmente ao clima algarvio podem ser encontradas em todo o seu esplendor no barrocal e no litoral sul, especialmente no região central e no sotavento algarvio.
Um conjunto de características base resumem o clima da região, em especial do barrocal e do litoral sul: verões longos e quentes, invernos amenos e curtos, precipitação concentrada no Outono e no Inverno, reduzido número anual de dias com precipitação e elevado número de horas de sol por ano.
A temperatura média anual do litoral do sotavento e da região central do Algarve é mais elevada de Portugal Continental e uma das mais elevadas da Península Ibérica, rondando os 18 °C, atendendo às normais climatológicas 1961/90.
A precipitação encontra-se essencialmente concentrada entre Outubro e Fevereiro, e assume com frequência um carácter torrencial. As médias anuais são inferiores a 600 mm em grande parte do litoral e no vale do Guadiana, e superam os 800 mm na serra do Caldeirão e os 1000 mm na serra de Monchique. Na região litoral existem 5 meses secos, e entre Junho e Setembro a queda de precipitação é muito pouco frequente.
O clima do Algarve, segundo a classificação de Koppen, divide-se em duas regiões: uma de clima temperado com Inverno chuvoso e Verão seco e quente (Csa) e outra de clima temperado com Inverno chuvoso e Verão seco e pouco quente (Csb). Com excepção da Costa Vicentina e das serras de Monchique e de Espinhaço de Cão, toda a região algarvia possui um clima temperado mediterrânico do tipo Csa.
No litoral do sotavento algarvio as noites tropicais (noites com temperatura mínima igual ou superior a 20 °C) são frequentes durante o período estival. De facto, a temperatura mínima mais alta de sempre registada em Portugal pertence à estação meteorológica de Faro: 32,2 °C, a 26 de Julho de 2004.
A queda de neve na região algarvia é muito rara e é mais susceptível de ocorrer na Foia. A última vez que ocorreu queda de neve no litoral algarvio foi em Fevereiro de 1954. Na madrugada de 1 de Fevereiro de 2006 nevou na Serra do Caldeirão, e na manhã de 10 de Janeiro de 2009 nevou na Serra de Monchique.

Primavera

A Primavera algarvia é uma estação inconstante: alguns anos é fugaz, curta, noutros mais longa, roubando espaço ao Estio ou ao Inverno; por vezes chuvosa e fresca, ou então quente e seca, ou ainda soalheira, mas ventosa...
Em Março e Abril as temperaturas sobem lentamente, transitando para os valores estivais; durante o dia estas oscilam entre os 9/12 °C e os 19/22 °C. Em ambas os meses a precipição média ronda os 40 mm, num total para ambos os meses de cerca de 20 dias com precipitação igual ou superior a 0,1 mm.

Verão


Vila de Aljezur. As casas de cor branca são muito comuns em várias partes do Algarve, pois ajudam a refrigeração das habitações, irradiando o calor.
Uma das características climáticas de referência da região algarvia é a existência de Verões longos, quentes e secos. A partir de meados de Maio, a queda de precipitação no litoral e barrocal sul começa a ser um evento raro, e as temperaturas máximas e mínimas abandonam a amenidade primaveril para atingirem valores estivais.
Junho é um mês seco, com precipitações médias inferiores a 10 mm e temperaturas médias que oscilam entre os 16 °C e os 26 °C.
Julho e Agosto são os dois meses mais quentes e secos do ano. A queda de precipitação é um evento pouco frequente, podendo suceder-se vários anos sem que ocorra queda de precipitação durante estes dois meses. As temperaturas médias oscilam entre os 17/19 °C e os 28/30 °C.
Setembro ainda apresenta características estivais bem marcadas. As temperaturas oscilam entre os 16/18 °C e os 26/29 °C. Por vezes, as primeiras chuvas de Outono podem ocorrer no final de Setembro; por esse motivo, a precipitação média deste mês ronda os 15 mm.

Outono

As primeiras chuvas após o Verão, que ocorrem regularmente durante o mês de Outubro, caracterizam o início do Outono. Após a queda das primeiras chuvas, os dias ainda poderão permanecer quentes, mas as noites começam gradualmente a ficar mais frescas. Por vezes, sucedem-se semanas de dias solerengos, banhados por uma luz doce e inconfundível: é o chamado «Verão de São Martinho». Ocasionalmente, as condições estivais prolongam-se durante parte do mês de Outubro.
Em Outubro, as temperaturas oscilam entre os 13/16 °C e os 23/25 °C. As chuvas que caem durante este mês assumem com frequência um carácter torrencial: durante apenas um dia pode ser acumulada uma parte substancial da precipitação total do mês, seguindo-se vários dias de sol e céu limpo. A precipitação média de Outubro ronda os 45/70 mm.
Novembro é o segundo mês mais chuvoso do ano, com uma precipitação média que ronda os 75/90 mm, concentrada geralmente num reduzido número de dias. As temperaturas baixam ligeiramente durante este mês, variando entre os 10/12 °C e os 18/21 °C.

Inverno

O inconfundível Inverno algarvio pode ser resumidamente caracterizado por três adjectivos: curto, chuvoso e suave.
Dezembro é o mês mais chuvoso do ano. Dias tempestuosos, marcados pela chuva intensa e trovoada alternam com dias amenos, solarengos e de céu limpo, óptimos para a práctica de actividades ao ar livre. A precipitação média ronda os 90 a 120 mm, e as temperaturas médias oscilam entre os 8/10 °C e os 16/18 °C.
Janeiro é o mês com temperaturas menos altas do ano: regra geral, estas variam entre os 6/8 °C e os 15/17 °C. A precipitação média ronda os 70/80 mm.
Já em Fevereiro, as temperaturas começam paulatinamente a subir, e no final deste mês as condições primaveris começam a fazer-se sentir. As temperaturas oscilam os 7/9 °C e os 16/18 °C, e a precipitação média ronda os 45 a 70 mm.
Ocasionalmente, durante o Inverno a região algarvia é assolada por curtos períodos mais frios, nos quais as temperaturas mínimas atingem valores próximos dos 0 °C e as máximas não ultrapassam os 10 °C. Contundo, estes eventos meteorológicos são raros.

Turismo


IC27, no Sotavento Algarvio. Atualmente, as ligações rodoviárias fazem com que qualquer ponto do Algarve esteja a menos de 1 hora do aeroporto.

Típica praia algarvia (na foto: Praia da Marinha).
O turismo consiste na principal actividade económica da região algarvia, que assenta nos lucros da sua oferta um crescimento económico notável. Graças ao tempo apelativo e à melhoria das condições de vida das populações a que se assitiam nas últimas décadas, o Algarve é a única zona do país, a par das grandes áreas urbanas de Lisboa e do Porto, a registar um crescimento da população.
O Aeroporto Internacional de Faro, localizado na capital da região e inaugurado em 1965, constituiu o grande impulso para a afirmação do Algarve como estância balnear a nível internacional. O Algarve dispõe de belíssimas praias e paisagens naturais, que aliado ao clima temperado mediterrânico a torna a mais turística das províncias de Portugal. Hoje em dia, as ligações rodoviárias fazem com que qualquer ponto do Algarve esteja a menos de uma hora de distância do aeroporto. Actualmente o aeroporto é o segundo mais movimentado de Portugal (atrás do aeroporto da Portela), tendo transportado 5.5 milhões de passageiros no ano de 2007.
A maioria dos turistas vêm de Portugal, Reino Unido, Espanha, Alemanha, Holanda e Irlanda[7], mas também se regista uma forte presença de franceses e escandinavos.
Destaque para Vilamoura, um dos mais conhecidos complexos turísticos da Europa junto à praia da Falésia (concelho de Loulé), Albufeira, considerada a capital do turismo, e para a Praia da Rocha no concelho de Portimão. Lagos (ver Lagos (Algarve)), é também uma das cidades com maior presença túristica no Algarve, as suas praias são consideradas das melhores de Portugal e dispõe de diversos, bares, restaurantes e hóteis. Nos últimos anos, a região de Tavira tem se assumido cada vez mais como um importante pólo turístico, graças ao seu valioso património cultural e paisagístico. Já na extremidade do sotavento algarvio, encontramos ainda Monte Gordo, um dos mais antigos pontos de turismo balnear da costa algarvia; a antiga aldeia de pescadores localiza-se já em pleno Golfo de Cádiz, e como tal é banhada pelas águas mais quentes do país: não raras vezes durante a estação estival a temperatura da água do mar atinge os 26 °C.
Embora a grande procura turística se deva primeiramente às praias paradisíacas da região, eventos desportivos dos últimos anos, têm contribuído para um sério acréscimo dessa procura. O campeonato europeu de futebol Euro 2004 que teve três dos seus jogos em Faro, os campeonatos mundiais de voleibol que têm tido lugar em Portimão, campeonatos mundiais de golf e ainda a passagem do maior Rally do mundo, Lisboa-Dakar em 2006 e 2007.
Eventos musicais têm vindo a ganhar peso, nomeadamente o Algarve Summer Festival e o Portimão Air Show - um festival aéreo que teve a sua primeira edição em 2008 e que por iniciativa da cidade de Portimão veio também colorir os céus do Algarve e encher a cidade numa época de pouca procura turística.
Durante o Período de Verão o Algarve triplica a sua população, 1 milhão e o número de turistas que visitaram o Algarve em Agosto de 2010.

Agricultura


Amendoeira em flor
Os produtos agrícolas tradicionais, dignos de nota, são as produções frutos secos (figos, amêndoas e alfarrobas), aguardente de medronho e ainda a produção de cortiça, nomeadamente nas regiões do nordeste algarvio. Regista-se ainda a produção de cortiça e de citrinos, cuja produção é bastante relevante, os maiores pomares de laranja situam-se no concelho de Silves, especialmente na freguesia de Algoz, a laranja algarvia é muito doce e goza de grande fama não só em território nacional como internacionalmente.
Na imagem pode vêr-se uma das imagens pela qual o Algarve é mais conhecido. As amêndoas são bastante utilizadas na gastronomia da região, destacando-se os doces de amêndoa, exportados para todo o país e para o estrangeiro, que são outro marco da cultura algarvia.

Pesca

A industria da pesca principalmente devido ao desenvolvimento de várias fábricas de conservas desempenhou um papel importante na economia do Algarve durante o tempo do Estado Novo. Contudo, nos últimos anos tem-se assistido ao fechar destas fábricas, havendo uma aposta crescente na exploração do pescado junto dos turistas que visitam a região. As cidades mais dedicadas à pesca são Olhão, Tavira, Portimão e Vila Real de Santo António, destacando-se a pesca da Sardinha, do Carapau, do Atum, do Espadarte e dos famosos Chocos que deram origem à famosa receita: choquinhos à algarvia.

Gastronomia

A gastronomia Algarvia remonta aos tempos históricos da presença romana e árabe, constituindo a par do clima da região um dos principais pontos de interesse turístico. Os ingredientes utilizados reflectem os sabores frescos do mar e os aromas agradáveis e fortes do campo.
Desde o famoso "Arroz de Lingueirão" farense, da bela sardinha assada portimonense até aos doces "Dom Rodrigos" de Lagos, encontram-se maravilhas para todos os gostos. A vila de Monchique destaca-se neste capítulo pois é conhecida pela Suinicultura, prova disso são os conhecidos enchidos feitos com carne de porco (molho, morcela de farinha ou farinheira, morcela e chouriça) e presuntos, expostos anualmente na Feira dos Enchidos e na Feira do Presunto, respectivamente. É também vastamente conhecida a aguardente de medronho produzida nesta região, com marca própria, que atrai gente de toda a parte para a saborear. São também procurados os licores feitos com produtos da região.
Seguidamente apresenta-se uma lista de algumas das melhores iguarias:

Uma montra de enchidos

Filhós
Pratos típicos
  • Carapaus alimados
  • Cataplana
  • Perna de carneiro no tacho
  • Carne de porco com amêijoas
  • Papas de milho, mais conhecida como Xarém
  • Ervilhas com ovos à Algarvia
  • Perdiz estufada
  • Coelho frito
  • Raia Alhada
  • Assadura à Monchique
  • Gaspacho
  • Cozido de grão
  • Lulas recheadas à Algarvia
  • Polvo no forno com entrecosto
  • Bifes de atum de tomatada
  • Favas à moda do Algarve
  • Canja com conquilhas
  • Gaspacho de alho
Doces
  • Dom Rodrigos
  • Colchão de Noiva
  • "Queijos" de Figo e amêndoa
  • "Gargantas" de Freira
  • Bolo Tacho
  • Empanadilhas
  • Filhós
  • Frutos/animais de massa de amêndoa
  • Estrelas de figo e amêndoa
  • Folares
  • Torta de Claras
  • "Tutano"

Doces do Algarve

Doces do Algarve
A doçaria algarvia ainda revela muito da passagem árabe pelo território de Portugal.
Os deliciosos bolinhos de amêndoa, que se fantasiam de cores garridas e que apresentam vários formatos, são muito semelhantes a um tipo de doces que se encontra na Tunísia e no norte da África.

Uma outra tradição viva deixada pelos muçulmanos é Chelb, ou Silves, cantada por poetas e tão cobiçada pelo povo de além-mar.
É lá que se situa o mais imponente castelo de todo o reino dos Algarves, que coroa a alva cidade com as suas muralhas e encerra segredos e histórias sem-fim, de mouros e cristãos.

Alvo de repetidos cercos, esse castelo resistiu ao tempo e à destruição dos homens, ávidos pela conquista do território. A norte do castelo restam as ruínas do palácio de Aben Afan, último rei de Silves, que fugiu por uma porta que ainda hoje está de pé.
Adoçam a boca, acalmam o espírito e encantam o olhar… Feitos com as amêndoas, os figos e as alfarrobas cultivadas por todo o Algarve, os doces algarvios deixam no paladar um leve travo a tentação.

Ninguém resiste aos Dom Rodrigo, morgados, morgadinhos, figos cheios, queijos de figo, figos com amêndoa e chocolate, pastéis de batata-doce de Aljezur e tantos outros doces tradicionais. Um reino de fantasia que relembra a passagem árabe por estas paragens.
As lendárias amendoeiras e as figueiras são as grandes protagonistas destas obras, já que é dos seus aromáticos frutos que se fazem os melhores doces da região. As amêndoas conferem o doce sabor aromático aos Dom Rodrigo, às bolas de ovo ou chapelinhos, aos ovos-moles, às vieiras, alcofinhas, queijinhos, nozes e castanhas, a que se acrescenta o chocolate.

Doce Fino do Algarve
A pastelaria mais requintada inclui ainda o morgado de amêndoa e o maçapão, bolos de massa dura de amêndoa, recheada de fios de ovos e doce de chila, com a particularidade do primeiro ser usualmente enfeitado com motivos regionais e flor de amendoeira.

Dom Rodrigo, Torta de Alfarroba,
Bolo de Figo e Amêndoa
O doce de figo é outra especialidade da região que varia consoante seja utilizado o fruto inteiro, esmagado ou, simplesmente, seco e torrado no forno.

O figo inteiro é o principal ingrediente das estrelas e dos figos cheios, recheados com pedaços de amêndoa, açúcar e chocolate.

O figo, esmagado juntamente com amêndoa moída, chocolate, açúcar e condimentos “misteriosos”, permite moldar os deliciosos queijos de figo. Já os famosos doces em forma de peixes, galinhas ou livros usam, simultaneamente, figo moído e figo inteiro, cortado à tesoura.

Os folares, os bolos de Páscoa, as empanadilhas e os fritos de Natal são normalmente confeccionados em épocas festivas específicas. Por todo o Algarve continua a fazer-se o folar, um bolo tradicional sempre presente na mesa familiar por altura da Páscoa.

Doces, alguns conventuais, de criar água na boca que viciam o estômago e a alma e que justificam o regresso ao Algarve, só para os saborear.
A Confraria com o objectivo da divulgar e promover os doces típicos locais e regionais, feitos com alfarroba, laranja, figo e amêndoa, tem "recuperado" algum receituário, principalmente do Convento das Bernardas ou Piedade em Tavira, único Monumento Cister no Algarve.
Doces regionais e conventuais são produtos tradicionais do Algarve que poderá encontrar, nas "Montras Gastronómicas Algarvias" que a Confraria realiza com a finalidade de dar a conhecer os produtos da nossa Região, assim como reforçar a imagem da Confraria como “guardiões” do como fazer, e o essencial dos seus objectivos: “difusão e divulgação da raiz cultural da região do Algarve e, também, o incentivo e defesa dos interesses públicos desta comunidade”.
Tais "montras" têm-se revestido de grande sucesso, sendo hoje convidados a levar a nossa doçaria para os eventos das outras Confrarias, sucesso que se deve em grande parte aos nossos Confrades, "A Casa da Isabel", em Portimão e "Quinta dos Avós" em Algoz.

banda de tavira - high society

Carnaval de Tavira 2011

Santa Luzia Tavira - festa dos pescadores 2010 N.5

vidéo tavira - Algarve

Tavira the unspoilt Algarve

Tavira, Algarve, Portugal

TAVIRA e PEDRAS DEL REI

Tavira beach, Eastern Algarve, Portugal

Tavira beach, Eastern Algarve, Portugal

Tavira beach, Eastern Algarve, Portugal

Tavira beach, Eastern Algarve, Portugal

LENDA DA ORIGEM DE TAVIRA

Diz a lenda mais antiga
Das lendas que eu cá conheço,
Que uma moita rapariga
De olhar brilhante e travesso,

Que por nome era Taah Billa
E morava ali bem perto
Da ria verde e tranquila,
Tão longe do seu deserto

De onde seu pai a trouxera...
Morava, dizia a lenda,
Como irmã da Primavera,
Num palácio de oiro e renda.

Eram os muros talhados
Em puro e louro metal,
Tão perfeitos, trabalhados
De maneira original,

Que quem p’ra eles olhava,
Não sendo filho de Allah,
Não mais vivo ali ficava,
Para não ficar por lá.

Iam príncipes cristãos,
Cítaras dadas ao vento,
À moira pedir as mãos
Em sinal de casamento.

Mas o pai, Alli Maommede,
De armas valente caudilho,
Todos matava de sede,
Que a nenhum qu’ria por filho.

Choravam, então, as luas,
Os astros, os outros sóis,
Por verem mortas e fluas
As carnes de tantos heróis.

E Taah Billa, a pobre moira,
Moira de tanto encantar,
Perdeu sua trança loira,
Começou a definhar.

Por cada moço cristão
Que seu pai ali matava,
Pedia ela a Allah perdão,
Dizia ser d’Ele escrava.

De cada morto nasciam
Amendoeiras sempre em flor,
Que aos verdes campos traziam
Outro encanto bem maior.

Mas à princesa agarena
Falava o pai, duro e forte:
— “Tu de mim não hajas pena,
“Mesmo que te mate a morte.

“Nenhum cristão pode vir
“Aos muros deste palácio...
“Nem hoje, nem ao fulgir
“De algum astro violáceo.

E a princesa morria.
Não era quem dantes fora,
Que mesmo à luz do seu dia,
Era a noite a sua aurora.

Alli Maommede mandava
Vir de outras terras do Islão
Algum califa a quem dava,
Da filha, a pálida mão.

Pálida, que todo o sangue,
Há muito, dela fugira.
Já o seu corpo era langue,
Morto, p’lo pai, com tal ira.

Porém, por tudo ou por nada,
Nenhum moiro lá chegava,
E a linda moira, coitada,
Definhava, definhava.

Mas uma vez.., uma vez,
Sobreveio ali passar
Um valente português,
Filho da terra e do mar.

Era poeta e cantava
Seus versos feitos de amor;
Se a lua, ao longe, escutava,
O luar era maior.

“Vem, Taah Billa moira, vem
“Do teu palácio encantado
“A meus braços, que, também,
“Te darei outro em dobrado.

“Vem, mulher enamorada,
“Té junto do coração;
“Como vês, não custa nada
“Esculpir-te uma canção.

Já Taah Billa revivia
Ao rumor desta cantata
E um alaúde trazia,
Pelas suas mãos de prata.

Do alto do seu castelo
Logo a moira respondeu
Com uni canto doce e belo,
Com voz que vinha do céu:

‘Vivo tão triste de mim,
“Tão dos meus já separada,
“Que vejo em breve o meu fim,
“Se não for de aqui levada.

“É, por isso, anjo do céu,
‘Que te peço que me tires
“Deste palácio que é meu,
“E, parto, se tu partires.

O cavaleiro, perdida
A razão de ser prudente,
Logo ali lhe deu a vida
Pia vida dela somente.

E convidou-a a partir
Por essa noite de prata,
Por caminhos de seguir
À luz duma serenata.

Mal um passo era já dado,
Na carreira prometida,
Desígnio triste do fado
Aos dois lhes mudou a vida.

Foi o caso que apar’ceu,
Vindo não se sabe donde,
Talvez caído do céu
Por nele não ter avonde,

O pai da moira princesa,
Que de pronto acometeu,
Com vigor e com rudeza
O cristão que prometeu

Defender a sua amada...
E logo ali trespassou,
Co’uma valente estocada,
O moiro que se finou.

“Já livres somos, Taah Billa...
“Podemos, livres, partir...
E na sua voz tranquila
Há trinados a sorrir.

“Vamos, pois, meu bom Senhor...
“Toda a minha vida é tua...
Nascia neles amor,
Ao longe brilhava a lua.

Tudo, agora, parecia
Que iria acabar em bem,
Pois a princesa sorria,
Sorria o cristão... Porém...

É a lenda que me conta,
A lenda que tudo diz,
Que depois daquela afronta
Nenhum deles foi feliz.

Pois Allah, que tudo ouvira,
Aos dois ali decretou
Que mataria a mentira
Dum amor que não gerou.

E, num momento vazio,
Pronto desfê-los no ar,
Pra ser um... água do rio,
E ser o outro... água do mar.

A partir desse momento
O Gilão, sempre a chorar
E a correr em passo lento,
Tem caminhado pró mar…

E até os sóis verdadeiros
E a lua ao longe, tranquila,
Perguntavam, viajeiros:
Tabilla, aonde és, Tabilla?


* *

Foi assim que o Povo ouviu,
Das gerações, essa voz
Que uma à outra a transmitiu
E mora dentro de nós.

Inda mais me diz a lenda,
Que é verdade e não mentira,
Que o lugar, como legenda,
Houve por nome TAVIRA.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

QUARTEL DA ATALAIA -HISTÓRIA

A história do Regimento de Infantaria Nº 1 é longa e enobrecida por gloriosos feitos. A sua origem remonta a 1648, ao Terço da Junta do Comércio. Em 1762 era conhecido pela designação de 2.º Regimento da Armada, este foi desdobrado em dois regimentos sendo comandados pelo visconde de Mesquitela, e, pelo coronel D. José de Portugal. Por decreto de 10 de Maio de 1763 toma a designação de Regimento de Infantaria de Lippe, homenageando Conde de Lippe, pela forma meritória como este organizou o nosso Exército. Em 1806 as Unidades passam a ser numeradas, cabendo ao Regimento de Lippe a denominação de Regimento de Infantaria N.º1. Em 22 de Dezembro de 1807 foi licenciado por ordem do Marechal Junot, integrando o 1.º Regimento de Infantaria da futura Legião Portuguesa, comandado pelo coronel Joaquim de Saldanha e Albuquerque. Em 30 de Setembro de 1808 foi mandado reunir em Lisboa, e em 14 de Outubro foi formalmente restabelecido.Em 1890, por reconhecimento e apreço de Sua Majestade El-Rei D. Carlos, pela lealdade e serviços prestados por este Regimento e querendo dar a sua Esposa, Rainha D. Amélia, uma prova particular de estima, determina que o mesmo passe a designar-se por Regimento da Rainha. Com a abolição da Monarquia em 1910, o Regimento volta a designar-se Regimento de Infantaria N.º 1, designação que manteve até 1974, passando a partir desta data a denominar-se Regimento de Infantaria de Queluz.Em 1988, por Decreto-Lei de 22JUL88 volta a designar-se “REGIMENTO DE INFANTARIA N.º 1”
Num passado bem recente, a Transformação do Exército determinou a extinção do Regimento de Infantaria N.º 2 em Abrantes, passando o Regimento de Infantaria N.º 1 a assumir a sus missão constituindo-se como Centro de Formação Geral Comum de Praças do Exercito (CFGCPE), na dependência do Comando da Instrução e Doutrina (CID). No decurso do corrente ano a Directiva n.º 12/CEME/08 altera a missão, organização e dispositivo do Regimento de Infantaria N.º 1. O encargo da formação passa para a Escola Prática de Infantaria; a directiva determina ainda a cedência das instalações na Serra da Carregueira ao Centro de Tropas Comando (CTC) e a transferência do RI1 para o PM – 07/T (Quartel da Atalaia, em Tavira), passando desde então para a dependência do Comando Operacional (Cmd Op).
QUARTEL DA ATALAIA
Remonta já a longa data (Séc. XII) a existência na cidade de Tavira de Unidades Militares organizadas. Foi no reinado de D. João V que as ordenanças de D. Sebastião, que por seu turno substituíram os antigos Terços, receberam nova forma, constituindo-se em Regimentos com o nome da terra que lhes era Quartel. Assim se formou o Regimento de Infantaria de Tavira, que por Decreto de 19 de Março de 1806 recebeu o n.º 14 e com o Regimento de Lagos Nº2, constituiu a Brigada Algarvia que tanto se distinguiu na Guerra Peninsular. As tradições militares de Tavira são muito antigas. Já em 1640 a cidade passa a ser guarnecida por um Destacamento de um dos dois Regimentos do Algarve com as suas origens remontando a 1659, data da organização do Terço Novo da Guarnição da Corte. O chamado Quartel da Atalaia, foi mandado construir em 1795 pela Rainha D. Maria I, conforme se lê na lápide colocada por cima do portão principal. Também na legenda de uma planta da cidade de Tavira levantada pelo Brigadeiro Engenheiro Militar José Sande Vasconcelos (entre 1798 e 1800) se pode ler “QUARTEL QUE SE ESTÁ FAZENDO”, tendo sido o mesmo propositadamente construído para o Regimento de Infantaria de Tavira. No Quartel da Atalaia estiveram aquarteladas várias unidades como o Regimento de Infantaria n.º 4 (desde 1806) o Batalhão de Caçadores n.º 5 (1838 a 1847) e o Regimento de Caçadores n.º 4 (1884 a 1899).

A partir de Setembro de 1939 aí passaram a ser ministrados os Cursos de Sargentos Milicianos. Em 1948 passa a funcionar como Unidade independente denominando-se Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria (CISMI).Extinto o CISMI, em 1975 passa à dependência do Regimento de Infantaria de Faro alterando novamente o seu estatuto em 01AGO93, passando a constituir-se como Centro de Instrução de Quadros (CIQ).Desde Julho de 1996, encontra-se em funcionamento no Quartel da Atalaia, o Centro Militar de Férias de Tavira (CMFT), destinado a praças (RV/RC). Em 01 de Abril de 2008 o Quartel da Atalaia é ocupado pelo: “ REGIMENTO DE INFANTARIA Nº1”
O processo de transferência iniciou-se com inúmeros reconhecimentos efectuados por militares dos diferentes Comandos Funcionais e Comando Operacional.
A ocupação do Quartel da Atalaia iniciou-se em 03MAR08, com um primeiro núcleo de 6 militares destacados para Tavira com a missão de preparar as instalações para receber os materiais vindos da Carregueira, ao mesmo tempo que se iniciaram os trabalhos de reabilitação das infra-estruturas com o apoio do Regimento de Engenharia Nº1. Em 01ABR08 o Regimento de Infantaria Nº1 com a missão de “ Aprontar a Componente Operacional que lhe for atribuída”, é transferido oficialmente para a cidade de Tavira. Um conjunto de oficiais, sargentos e praças foram transferidos para este quartel, tendo-lhe sido cometida a tarefa de estabelecer a cadeia inicial de comando do Regimento e iniciar a organização interna da Unidade.
Em 29ABR08 assume o comando do Regimento de Infantaria Nº1, o Ex.mo Cor Inf António Gualdino Ventura Moura Pinto; então sob o seu comando, o Regimento veio a consolidar o processo de transferência através do estabelecimento de contactos formais com as autoridades locais e da aquisição de materiais e equipamentos por forma garantir uma implantação sustentada, dotando ainda o aquartelamento das condições necessárias ao seu funcionamento normal e dando continuidade aos trabalhos de reabilitação das infra-estruturas. O Regimento tem vindo a receber, de forma sistemática, diversas forças de escalão Companhia da estrutura das FOPE, as quais são atribuídas sob comando completo ao RI1.